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domingo, 9 de junho de 2013

Dia dos Namorados e Santo Antônio afogado.


O cheiro que exalava do seu corpo era de quem viveu de amor.
O coração pulsava ainda ao pensar nos amores, nas orações para Santo Antônio, nas paixões de amor eterno e eterno enquanto dure. Marcas de que soubera viver e amar sem se aprisionar, sem ter medo que não durasse eternamente, quem eternizou cada momento de amor eterno.
Amou intensamente e soube se deixar amar. 
Foi amada, foi amante, foi usada e soube usar nem só para amar.
No presente o silêncio mora em seu coração, nem por isso está rezando para Santo Antônio nem sequer o afogou, apesar de certa vontade de colocar o santinho a pensar se não era sem tempo de deixá-la sentir de novo o gostinho do amor danado.

sábado, 8 de junho de 2013

Humano ainda

O cheiro que exalava de seu corpo era horrível, nem por isso deixava de ser humano. Suas unhas mais pareciam garras de tão longas duras e sujas, seus cabelos embaralhados e longos escondiam parte de seu rosto sujo e inchado de longos dias e noites de bebidas e drogas usadas para ocupar o tempo, tempo que tinha de sobra e que de nada valia.
Muitos passavam e mesmo olhando não o viam, nem ele se via no meio de tanta solidão e sujeira que com o tempo deixou de incomodar e a fazer parte de seu corpo de sua pele, uma espécie de couraça que o protegia do sofrimento e do abandono. Abandono que ele mesmo deixou acontecer por medo de enfrentar a si mesmo e buscar alternativas.
E pensar que tudo aconteceu tão de repete, de repente como o amor que pensou que era para sempre.