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sábado, 8 de junho de 2013

Humano ainda

O cheiro que exalava de seu corpo era horrível, nem por isso deixava de ser humano. Suas unhas mais pareciam garras de tão longas duras e sujas, seus cabelos embaralhados e longos escondiam parte de seu rosto sujo e inchado de longos dias e noites de bebidas e drogas usadas para ocupar o tempo, tempo que tinha de sobra e que de nada valia.
Muitos passavam e mesmo olhando não o viam, nem ele se via no meio de tanta solidão e sujeira que com o tempo deixou de incomodar e a fazer parte de seu corpo de sua pele, uma espécie de couraça que o protegia do sofrimento e do abandono. Abandono que ele mesmo deixou acontecer por medo de enfrentar a si mesmo e buscar alternativas.
E pensar que tudo aconteceu tão de repete, de repente como o amor que pensou que era para sempre.

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