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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

NATAL 2011

Para que eu não diga a mim mesma que não dei a devida atenção para este ano que termina, devo escrever como sempre faço para todas e todos os amigos e amigas dizendo como foi bom ter a todos neste ano que passou!!!
Alguns por pouquinho tempo, mas que foram intensos. Outros, numa convivência à distância, por e-mail, telefone, Face book que nos aproxima diariamente e por vezes num encontro pra matar a saudade e beber aquela cerveja e ganhar o abraço de carinho, colocando em dia nossas histórias.
Alguns todos os dias no trabalho, onde aprendo, cresço, brigo me diverti e às vezes corri contra o tempo, em escalas malucas nos aeroportos do Brasil, com estes divido o dia a dia do trabalho e da minha vida. E é com estes que acontece alguns momentos de lazer numa boa mesa de bar, onde damos muitas risadas, é com estes que partilhei alguns de meus sofrimentos e problemas e já derrubei algumas lágrimas também, afinal um ano é 365 dias, é a vida como ela é na maioria das vezes é sem o brilho do neon.
Amig@s que são irm@s de fato e outros por minha escolha.  Amig@s que fazem toda diferença na minha vida.
A saudade este ano esteve presente o tempo todo, de amigas e amigos tão queridos que não foi possível  conviver como eu queria.
Esse ano para mim foi FODA como diz uma pessoa que conheci neste ano, mas consegui chegar até aqui.
Este ano foi FELIZ como diz outra pessoa que conheci há anos atrás. Estou chegando aqui com meu pai, minha mãe, minhas filhas e seus maridos, meus irmãos, minhas irmãs, sobrinh@s, com amig@s e um amigo especial, com a Maria Fernanda, Ana Luiza e o Lucas meus net@s que me mostram como continuar a viver para sempre. Não posso esquecer-me do Ralph!
Então diante do fato de que o ano acaba, e é Natal quero desejar a todos e a todas, copiando algumas felicitações de Natal e Ano Novo que recebi.
Tem um que fala assim: “Uma nova humanidade estamos esculpindo, e somos convocad@s a dançar, cantar, desenhar, construir...”  
E este,
“As pessoas esperam que o ano que esta começando seja melhor do que o anterior... Aposto como o ano que esta começando espera que as pessoas sejam melhores.” coisas da Mafalda.
Mais este,
“Se eu pudesse voltar a viver, 
começaria a andar descalço no começo da primavera 
e continuaria assim até o fim do outono.” Poema INSTANTES
Ou simplesmente,
Feliz Natal e feliz Ano Novo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Onde

Onde se revela meu espírito negro
 Fêmea
 Feroz
 Fugaz
Onde fica a venda de você mesma
Pela fala
 Pelo toque
 Pela boca
Pelo sexo
Onde fica você

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sonho no Natal

Todos moravam em um carro velho de quatro portas, marrom. Em cima do bagageiro um milhão de tralhas possíveis de carregar, antes de fechar as portas da casa para sempre na fuga com a miséria. O porto de partida todos sabia, o rumo era desconhecido o ponto de chegada estava nas mãos de Deus.
 Quando a manhã chegou o café era necessário, os menores com muita fome começaram a acordar na frente da praça próximo á padaria foi à escolha para a primeira parada, e lá estão até hoje passados longos 30 dias de desespero e busca por uma casa um emprego e comida para alimentar os filhos. Uma casa possível de morar sem pagamento adiantado.
Naquele dia era Natal e como de costume mamãe arrumava a mesa para a ceia, com nossos doces preferidos, uma carne bem assada, frutas e queijos, sucos refrigerantes  pães e bolos deliciosos, para os adultos vinho e champanhe para brindar a chegada o menino Deus após a missa do galo. 
Era uma noite fresca como todo natal por aqui, meu pai olhando para nossos rostos assustados, pegou a mesa do bagageiro e se pós a armar na calçada iríamos ter nossa ceia mesmo ao ar livre, na passagem.
Num ato de coragem e determinação, apesar do medo, eu e minha irmã pegamos tudo colocamos nas costas e fomos à busca de um lugar mais no interior na praça, talvez coberto, um caramanchão! Como por encanto nos encontrávamos dentro da nave principal da igreja e o reverendo que acabara de celebrar a missa do galo ofereceu para que ali mesmo montássemos nossa mesa. E naquele momento tudo aconteceu voltamos ao tempo e todos nossos parentes nos ajudaram a compor a mesa de natal. Vovó que a muitos não nos víamos trouxe nosso bolo preferido coberto de açúcar endurecido e lindas fitas coloridas, os castiçais foram acesos, as flores nos arranjos davam um tom de vida nova para a mesa. O cheiro das guloseimas envolvia. A árvore de natal cheia de presentes com nossos nomes.
Olhávamos pela janela e víamos a mágica carruagem com Papai Noel que se afastava para outra visita, e nossos olhos brilhavam nossas bocas salivavam com os docinhos de cravo, anis e canela em forma de goma.
Não sei se foi sonho ou realidade, acordamos saciados e felizes para mais um dia de e espera pelo trabalho que minha mãe e meu pai não conseguiam. Ma s nesse dia não pareceu tão feia aquela praça com o carro marrom cheio de tralhas. Meu irmão e minhas irmãs estavam com brilhos nos olhos iguais aos meus.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O difícil é ser mulher.

Meninas, a vida não é fácil, temos que continuar declarando-nos livres, mostrando-nos livres para que a sociedade entenda o que é ser livre. Se é que temos uma receita para a liberdade, um padrão a ser seguido.
 Ser livre é queimar o sutiã e em seguida a panela de arroz por falta de tempo para cuidar de tantas coisas que temos entre nossas obrigações e ninguém para assumir a divisão das tarefas?
Ser livre é usar saia curta e ter que continuar a puxar o curto cobertor para cobrir nossos filhos do frio, por que nossos salários não são suficientes para comprar um maior?
Ser livre é fazer sexo como quando e com quem quisermos e depois sustentar o pequeno bebê que você não tem condições de sustentar sozinha e que nem queria que ele nascesse agora, mas não teve política para apoiar sua decisão?
 Liberdade é expressar o que esta pensando com medo e ser reprimida pelas próprias companheiras de luta, que fecham os olhos para a pobreza uma questão de gênero?
 Liberdade são nossas escolhas?
 Liberdades são nossas escolhas erradas?
Liberdade são nossas escolhas corretas? Que não entram em choque com o mundo tão envelhecido e tão masculino?
Ser livre é não se submeter.
Ser livre é ser livre e ponto.
O difícil é ser mulher.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Manhãs e manhãs

Que preguiça, esta manhã de quarta feira!
O sono não terminou, mas o tempo de dormir acabou.
OH! Quarta feira Santa.  Santa quarta feira.
Todos na rua.
Com seus problemas e suas soluções, e junto com eles seus carros, ônibus, táxi, bicicletas, as motos com suas buzinas, garis da limpeza urbana, vendedores de frutas em suas carrocinhas, mendigos, pedintes, vendedores ambulantes, pedestres,polícia, bombeiros, ambulância, bandidos e mocinhos.
  O Inferno de Dante.
E eu lá no meio tendo que chegar ao trabalho, e trabalhar.
O burburinho de São Paulo e meu sono ainda se confundem, parece que ainda vejo os últimos lampejos do pesadelo que me acompanhou a noite inteira, acho que é até por isso que não consegui descansar.
Hoje esta tudo tão diferente da manhã do domingo preguiçoso, cheios de bocejos e tempo para ficar na cama entre os lençóis e suas pernas, sem tempo para terminar sem tempo para começar. Só esperando o sono acabar.
O sinal abriu

sábado, 13 de agosto de 2011

noite



Às vezes a noite é tão sozinha.
O silêncio não acaba.

Por vezes um barulho distante feliz divertindo aparece para desaparecer em instantes, sem interferir no silêncio da noite.

 É o silêncio da noite.

Às vezes a noite é tão amparada.
O ruído acaba.
O silêncio acaba.
A noite não acaba.
Silêncio
Ruído
Noite

sábado, 28 de maio de 2011

depois da passeata ou tentativa de

Maior viagem da terra, na terra, com a terra.
Valeu a coragem de resolver escrever sem pensar sem voltar para correção só experessaõ sem parar para dar ao texto mais que a aclareza do pensamento , mais rápido que o desejo.

Aprender a ser só

Eu preciso aprender a ser só.
Não querendo repetir o poeta, mas antes que eu me sinta só, e comece a doer, faça a solidão parte do meu vocabulário, eu preciso entender essa nova fase da vida: O envelhecer.
O que é isso que você se sente a mesma, mas seu corpo não obedece?
O que dizer na frente do espelho a esta mulher que você vê e não é a mesma que você sente.
O envelhecer para os outros parece tão bonito, por que para mim parece ser o começo da solidão, a possibilidade da dependência.
Eu que vivi, livre e liberta a vida até aqui, estou com medo que a liberdade usufruída seja difícil na velhice.
Eu que tudo fiz para ser quem sou, estou com medo do que virá.
Olho minha história, minhas filhas, minhas netas, meu neto, lembro com carinho dos homens por quem me apaixonei, meus amigos e amigas queridos, meus irmãos e irmãs, minha mãe e meu pai,tem também meus cachorros.
Tudo que vivi.


Acho que só me faltou o grande amor...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

brincando com o tempo

O tempo não passa.
Poucos minutos para sair e o tempo não passa;
Pouco a fazer e o tempo não passa;
Brincar de passar o tempo e o tempo não passa;
Quando preciso de tempo o tempo não tem tempo para mim;
Quando eu não preciso de tempo ele me dá todo o tempo do mundo.
E quando eu tenho todo o tempo para o tempo ele não quer o meu tempo e nem eu.
Que perda de tempo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Preciso escrever deste dia,

O dia que tudo que eu queria, era estar feliz, e eu estava!
Era perfeito o fim de tarde em casa, um banzo, um cigarrinho e um chá gelado, acabara de chegar pela Dutra fugindo da fumaça, do transito, dos ruídos de são Paulo.
Minha casa, janelas abertas e o cheiro da tarde fria de outono entrando pela janela, dá vontade de ser poeta e saber contar, contar da lua cheia se despedindo,
Do vento frio batendo no rosto quente fatigado de quilometros de estrada,
Da música suave se misturando aos sons do silêncio,
Tudo perfeito e ainda nem terminou. E Promete.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Relacionamentos

Quando iniciamos um relacionamento, pensamos que é para sempre.
Os dias passam, as coisas vão acontecendo e percebemos que o para sempre, também acaba.
Acaba o amor, acaba a paciência, acaba o encanto, acaba o desejo.
Sobra você, inteira, para o próximo amor intenso, um relacionamento que será para sempre.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Uma sugestão de "chá da tarde" para as próximas tardes frias que se avizinham.

O gosto do meu “Chá da tarde”.

Duas Tâmaras macias recheadas com um queijo Polenguinho
Uma fatia de Bolo de chocolate com calda de chocolate açucarada
Um cálice de “vinho de uvas colheita tardia”
Quatro Torradas de pão de forma 12 cereais acompanhadas por uma variação pasta de queijo, creme de ricota passada no tempo (começa a amargar), manteiga, requeijão, geléia de figo, de tâmara, ameixa, jabuticaba e mel
Uma caneca de chá preto levemente adocicado
Lascas de chocolate meio amargo, ao leite e branco

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um ato de fé e coragem.

Nas avenidas os carros se alongam uns atrás do outro como se fosse um longo colar colorido, as pessoas fogem em busca da felicidade, do prazer, do lúdico, dos momentos de descanso.
Os ônibus estão lotados, os carros estão lotados, os aviões, navios, as ruas, calçadas. Todos correm para viver o feriado religioso.
Nos shopping aglomeração em busca dos presentes de páscoa, com força comercial que ultrapassa as honras á Tiradentes.
As famílias planejam seus jantares de confraternização e os almoços do jejum sagrado, regado de guloseimas. Essas mesmas pessoas que burlam as tradições, os dogmas e compromissos diante do batismo se deixam aprisionar por preconceitos e ditos religiosos muitos deles causadores de sua infelicidade. Centenas, milhares de anos conduzem a humanidade subjugada e dominada pelo poder religioso, onde os deuses se sacrificam por nos e nós nos submetemos aos controladores das igrejas, que usam do amor divino para explorar os mais fracos e ignorantes.
A ela, a religião recai toda a culpa. A ele, que ocupa o poder, as glórias da dominação.
Podemos conduzir nossas vidas com a mesma coragem que enfrentamos os congestionamentos, com a fé no divino aos que neles crêem, mas ignorando os donos das igrejas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Violência

Mistério do divino, de deus, deusas eu não sei.
Sei que uns ganham mais tempo para viver.
Recomeçar, reconstruir, conviver, amar, provar que aprenderam a viver e se cuidar e cuidar dos outros melhor.
Sei que hoje meu coração chora de tristeza pela violência da vida.
O que me machuca não é a morte.
Acredito que nosso espírito esta em constante luta pela evolução e a morte é a oportunidade de recomeçar ou atingirmos a plenitude junto ao divino. Hoje uma notícia muito me alegra pelo crescimento espiritual que toda uma família atingiu até este momento, com a recuperação da filha e irmã querida de uma doença gravíssima. Também operação bem sucedida e vida do menino com transplante de coração artificial.
Daí a vocês não entenderem meu escrito eu explico: "hoje no Rio de Janeiro mais precisamente na escola municipal do bairro de Realengo um "homem" pelo que sei um "homem jovem" entrou e atirou em mais de 15 crianças". Violência pura e sem razão. Chorei de dor pela forma como está sendo vivida a vida. Por isso reafirmo o que mais me agride é a vida, a morte é possibilidade. Por tudo isso hoje eu não consigo festejar pelas pessoas que conseguiram sobrevida. Amanhã comerei o bolo e rezarei pela saúde e vida da Inês, da Maria, do João e de tantos outros. Hoje não.




domingo, 3 de abril de 2011

Divagação - Autoria Paulo Francisco (Cores e Nomes)

Eu quis copiar aqui para você poder ler também, e entender do estou falando. É desse amor que tantos sentem e não conseguem viver e que o Paulo falou tão bem...

Ah! se eu pudesse estender os meus braços
e, de um jeito mágico, eles chegassem até você.
Acariciar-te-ia todo o tempo suposto, meu amor!
A distância, somente ela, esta barreira invisível,
impede tal feito e, do meu jeito, vou te amando
por frases, por versos, por palavras codificadas.
Mato a vontade; revivo o meu dia e, quem sabe
numa manhã dessas, acordarei com você.
E nesta realidade improvável, quase absurda,
sentirei seus beijos, seus braços apertando
minha nuca e, eu, abrigado em teu colo-ninho,
tornar-me-ei menino sem medo de amar.


sábado, 2 de abril de 2011

SIMPLICIDADE

Em um fim de semana gostoso de Outubro, vivi simplesmente a vida que eu gostaria de ter todos os dias. Cuidar das minhas coisas simplesmente, sem a confusão do corre e corre da sobrevivência, que impede a gente de viver.
Sai com os amigos para jogar conversa fora.
Convivi com minhas filhas grávidas e minha netinha fofa e chorosa pela gripe, pude sentir seu cheirinho de bebe e fazer comidinha especial, deixei que ele bagunçasse minhas coisas, pediu meu colo, que delícia ser vovó.
Busquei cocada e paçoca na casa da Dona Matilde e deu tempo de ouvir suas palavras de sabedoria e simplicidade, e matar o desejo da minha gravidinha.
Dei atenção para aquela vizinha simpática que adora flores e vive a vida entre quatro quarteirões. Cuidei um pouquinho das minhas orquídeas e do meu jardim cheio de fungo.
Dei atenção para o Halp.
Ouvi música, qualquer uma que tocou no rádio, só como companhia.
Agora espero a chuva que anuncia cair, e vou assistir um filme sem compromisso, até chorar se a "mocinha" chorar.

Acho que depois vou fazer unha.

Terminarei minha noite tomando vinho e lendo o livro que esta minha cabeceira a seis meses.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

saudade

De repente percebi que a palavra saudade só tem uma imagem. E quanto mais o tempo passa só fica a saudade a imagem desaparece. 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Bob Marley - redemption song acustic

reflexão questão relação exposição maturação impostação correção
NÃO
relação da música utilizada no local de trabalho?
relação dos estimulantes utilizados no local de trabalho?
postura?roupa? horários?
cada com sua preferência?
CHEGA
vamos lá "analise do plano para aprovação e liberação do dinheiro".Ufa!
estimulante bom
ouvir novamente[
replay
a música me traz de volta de um devaneo, começa a chover, que bom que já estou em casa, não preciso dirigir, pegar estrada, avião, carro nadaaaaaaaaaa estou em casa minha casa.
Minha casa, meu espaço , minha vida
EU

quinta-feira, 3 de março de 2011

Uma gota de vinho

Nossos olhares tornaram a se encontrar.
Um beijo molhado.
O desejo continuava entre nós, o desconhecido não mudara em nada éramos os mesmos sedentos pelo amor.
No final só uma única gota de vinho marcava nossa passagem nos lençóis amarrotados embebidos pelo prazer.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Olhar e desejo

Nossos olhares se encontraram derrepente.
Sorriso maroto, sensação de desejo.
Olhares desviados e tornando a encontrar.
Pequeno sorriso no canto da boca.  Desejo.

Nossos caminhos tão diferente, não nos conhecemos, nunca vamos nos conhecer.

Só ficou o desejo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DOR

Dor da perda
Dor do medo de perder
Dor de pensar em perder
Dor que faz sofrer sem ser de verdade
Só de pensar.
E quando a dor chegar para ficar?
Que medo
Que dor

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Desabafo

Tem gente que encontro pelo mundo que definitivamente foram colocadas ali para o meu crescimento espiritual.
Porra, mais não podia pegar mais leve. Não dava para ser mais simpática. Menos empossada de arrogância.
Como dói crescer.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nem sempre querer é poder.

Quero o silêncio do amanhecer na roça com café do fogão a lenha,

Quero o barulho das águas de Março caindo na janela do quarto na de casa de Petrópolis,

Quero o chiado do sol se pondo nas tardes quentes em Copacabana,

Quero ler meu livro, recostada à sobra da árvore do quintal das tias,

Quero sentir o gosto amargo do café da Piazza San Marco irritada com os pombos...

Quero sentir o sabor das balas de Cevada da Sonksen, dos pirolitos de chocolate da Kibon

Andar de bicicleta na garupa do meu pai,

O prazer de sentir minhas filhas se mexendo em minha barriga e mais tarde mamando meu leite com seus olhinhos carinhosos olhando os meus,

Quero querer pegar as nuvens com as mãos,
Quero querer subir em um pé de jaboticaba e comer tudo até virar uma menina jaboticaba,
Quero ter os sonhos da infância
Ah! Eu quero tantas coisas impossíveis de retomar, vontades que chegam e se misturam em minha mente e coração.

 
 
 
 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

São as águas de março, janeiro fevereiro

Ela chega escurecendo o céu, fazendo muito barulho, e cai  forte e assustadora, fazendo enxurradas por todos os lados. E termina mansa suave delicada. Foi embora. Aqui não deixou rastros além do chão molhado e das plantas saciadas; não posso dizer o mesmo de onde meus olhos não alcançam.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Que calor abusado

Nem sempre o melhor a fazer é reclamar do abusado calor.
O melhor é sair e apanhar a brisa que sai correndo do mar em minha direção, abrir a cerveja gelada que me espera na geladeira, e iniciar uma conversa com o melhor amigo debaixo da árvore frondosa, dar um beijo no homem amado e transformar o calor em prazer da paixão, comer uma carambola,  chupar um picolé, uma água de coco,  tomar um banho de mar, mergulhar na piscina depois a ducha.
E no final da tarde sentir as gotas da chuva caindo refrescante sobre seu corpo e rezar, mas rezar muito para que a chuva que abranda o calor não demonstre fortemente como não soubemos respeitar a natureza.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Solitude

Minha Solitude me permite tudo
Permite-me a nudez desaforada
Permite-me criar a vida de varias maneiras
A fantasia
O rigor da conduta
A triste apaixonada
A alegria
A tristeza vazia
A felicidade infinita do grande amor
O amor imenso
Olhar para mim mesma
Olhar para o depois
Fechar os cantos da boca para os comentários
Cantar alto e recitar poesias
Os prazeres dos vícios
Delirar
Fantasiar
Todo o silêncio
Beber num vinho a homenagem
Beber na cerveja a comemoração
Beber a água da chuva, tomar o banho da chuva, tomar o banho do sol e da lua
Tirar as impurezas dos cantos,
Iluminar os espaços
Chorar

Rir

Lamentar

Gargalhar

Apaixonar-me inteiramente
Desistir do grande amor
Criar

Destruir

Desistir da Solitude é voltar para a multidão é perder a liberdade de tomar o banho de porta aberta, esquecer a toalha e sair pingando pelo chão até deparar com ela se enrolar e deitar para assistir TV.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Retrato do dia 09 de janeiro de 2011

Adiamento   Poema de Álvaro de Campos
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...

MARIA BETANIA - ÚLTIMO DESEJO

Noel é Noel

Maria Bethania - Tá combinado

Eu precisava guardar este momento, não sei se prá mim ou para nós. O certo é que foi nosso ou melhor é nosso o melhor momento.

Bethania - Poema do Menino Jesus - Fernando Pessoa

domingo, 2 de janeiro de 2011